A beleza do índio brasileiro |
O
silvícola seria o dono da terra em que pisamos? Não
sabemos. E quanto tempo eles mandaram? Só sabemos que o mundo
de fora desalojou os proprietários alegando não terem
condição de cuidar da terra.
Quem
mandou ser amigo da natureza e falar a língua da mata e conhecer
as vozes dos animais, seus parceiros do mesmo lugar? O branco, que vindo
das terras pisadas cuja ambição da conquista fluíram
no sangue de posseiros que ainda matam ou aprisionam como se fossem
suas propriedades.
E
o índio que na noite via um céu estrelado e dormia o sono
dos justos, de repente sentiu em sua carne o fogo de bacamartes. E viu
nas suas mulheres e filhas o peso de doenças jamais sentidas,
dos podres visitantes. Eles acreditavam no seu Deus. Mas o branco em
uma missa abençoava o lugar como seu. Os curiosos mal suspeitavam
de sua desgraça.
Desde
lá, até hoje, suas terras, seus rios e suas caças
são restritas como reservas demarcadas por brancos. E muita gente
tem vontade de exterminar essa raça infeliz que atrapalha seus
bons negócios. Será que sentimos vergonha?
E
hoje vemos os pardos vendendo suas armas como souvenir e desprezados
como seres humanos. Nós sabemos que tudo que temos era deles.
Não temos o menor respeito e, com certeza, amanhã nem
nos livros encontraremos a sua história. Então viva o
ano de 2013! Data que ainda podemos festejar a suas existências
e dizer que 19 de Abril festejamos o seu dia.
E que possamos valorizar nossa história e aprender um pouquinho que seja com nossos irmãos os valores mais que necessários para um bem-viver que pregamos, buscamos, mas que muitas vezes não agimos.
Paulo Kwamme
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